Quando era jovem, eu a mim dizia: Como passam os dias, dia a dia, E nada conseguido ou intentado! Mais velho, digo, com igual enfado: Como, dia após dia, os dias vão, Sem nada feito e nada na intenção! Assim,naturalmente, envelhecido, Direi, e com igual voz e sentido: Um dia virá em que já não Direi mais nada. Quem nada foi nem é não dirá nada. (Álvaro de Campos.)
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Vivo com a sensação de abandono, de falta, de pouco, de metade. Mas nada disso é novidade. Antes dele, teve o outro, o outro que continua indo embora para sempre porque nunca foi embora pra sempre. Eu não sei deixar ninguém partir, eu não sei escolher, excluir, deletar. São as pessoas que resolvem me deixar, melhor assim, adoro não ser responsável por absolutamente nada, odeio o peso que uma despedida eterna causa em mim. Nada é eterno, não quero brincar de DEUS. (Tati Bernardi)
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Eu te peço perdão por amar de repente, embora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidos. Das horas que passei à sombra dos teus gestos, bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos. Das noites que vivi acalentando pela graça indizível dos teus passos eternamente fugindo. Trago a doçura dos que aceitam melancolicamente. (Vinicius de Morais) Pois é...
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Não foi desejo, nem vontade, nem curiosidade, nem nada disso. Foi um choque elétrico meio que de surpresa, desses que te deixa com o corpo arrepiado, coração batendo acelerado e cabelo em pé. Foi sentimento. Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar todas as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, nem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foram os olhos, nem os sosrrisos, nem o jeito de andar ou de se vestir, foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tido antes. Foi Amor. É AMOR. (Tati Bernardi)